IG Cacau de Tomé-Açu - Indicação Geográfica de Procedência

A história do Cacau em Tomé-Açu começa em 1929 quando as primeiras sementes trazidas pelos técnicos japoneses da Companhia Nipônica de Plantação do Brasil – NANTAKU oriundos de várias localidades da região Amazônica.

O plano inicial visava cultivar o Cacau como cultivo perene nativo da Floresta Amazônica, conjuntamente com arroz e hortaliças, agricultura praticada tradicionalmente no Japão. A cultura de cacau tornou se inviável, sendo abandonada devido ao ataque de pragas e desconhecimento das técnicas de cultivo na década de 30.

Os agricultores, baseados nas experiências de campo, na floresta nativa e informações técnicas de órgãos governamentais, aprimoraram a tecnologia para um segundo estágio, plantando espécies arbóreas nativas da Amazônia para sombreamento do cacaueiro, aproveitando a área antes, durante e depois do plantio de Pimenta-do-Reino, formando uma cadeia sucessiva de rotação sequencial de produção que deu origem ao Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu na década de 70.

Hoje o cacau de Tomé-Açu produzido em sistema agroflorestal é reconhecido mundialmente, contribuindo na formação dos corredores ecológicos, para proteção do solo, fauna, flora e recursos hídricos da biodiversidade Amazônica.